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Metades incompletas

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Caminhei entre as ruas desertas e luminosas entrando no pub familiar. Ao som de AC/DC sentei na cadeira, chamei o garçom e bebi o primeiro gole, a garrafa de Daniel’s se esvaziando conforme a noite passava. Abandonei os quadros Marylin no inicio da madrugada, a lua brilhava no céu e o silêncio era absoluto se não fosse por meus passos. Não demorei a sentir a aproximação dele, o cigarro na boca e a travessura em seu rosto, me envolveu com seu braço e me segurou, tudo estava bem agora e juntos caminhamos de encontro ao desconhecido da noite, com nossas metades incompletas, nos completando.

Tempestade.

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A chuva cai forte lá fora e os trovões mostram quem é que manda, mas a verdadeira tempestade vinha de dentro. Estou saturada de tudo já, as cobranças de um lado e as incertezas do outro e um longo caminho oculto a frente. As vezes sinto que falho com quem mais amo, mas a briga aqui dentro está maior e o meu maior refugio de tudo isso não está aqui para poder afastar meus medos e dizer que tudo vai ficar bem. Suportar tudo sozinha não é fácil, e ser forte as vezes dói. Meu segundo refugio são as palavras, que pouco mostram a turbulência que aqui se dentro se passa. A unica coisa que espero ultimamente é que tudo fique bem, e tem que ficar . 

Amor

"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós." Clarice Lispector

Sol na primavera

Quando acordei estava no meu quarto. As lembranças do que havia acontecido foram voltando aos poucos. Peter . Dei um pulo da cama e me desequilibrei - não esperava a dor. Fui de encontro ao chão, mas braços quentes e fortes me seguraram. Ele me virou e nossos olhares se encontraram. Como era bom ver aqueles olhos novamente, sentir o calor do corpo dele. Meus olhos se enxeram de lagrimas e abracei-o com toda a força que ainda me restava. Abracei-o como se fosse a ultima coisa que eu iria fazer em minha vida.  - Calma - disse Peter.  - Eu senti tanto a sua falta - eu disse entre soluços. Ele me pegou e me levou para a cama. Ele se sentou e eu encostei no peito dele.  - Eu também, mas a agora estou aqui. Pare de chorar Julie - disse ele enxugando minhas lágrimas.  - Peter eu fui uma burra em fazer aquilo, eu... eu só queria que parassem de te machucar, mas...  - Ta tudo bem agora. Eles me deixaram te ver agora, quer dizer, deixaram você me ver....

Minha princesa

Já estava tarde e não podia demorar-me na rua. Tinha sido uma bela noite com minhas amigas, nos divertimos bastante, agora elas estavam nas casas delas e eu aqui, indo para minha. Agora, tinha que passar pelo park, acho que a parte mais perigosa era essa: passar por um local fechado que só tinha arvores em volta. Mas eu não tinha nada a temer, sabia que ele estaria me protegendo. Continuei a andar, e de repente ouço passos atrás de mim, droga! Começo a andar mais rápido, e ouço os passos atrás de mim avançando. Olho para trás, não vejo ninguém. É bom o idiota do Peter não estar brincando comigo. E não, ele não está. Mãos fortes me agarram por trás, eu grito. Me batem, tento me desvencilhar. Grito mais uma vez e uma mão me tapa a boca. Me esperneio,me batem. Eu estava assustada e com dor. Aqueles olhos frios e monstruosos só queriam uma coisa. Estava frio. Aquele homem rasga minha blusa, eu me debato mais ainda e ele me bate. Fico tonta com a pancada e tudo o que sinto é dor e frio. P...