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Sonhos

[...] Dizia que tudo que o mundo precisava era de exemplos, de pessoas capazes de viver seus sonhos e lutar por suas ideias. Paulo Coelho, As Valkírias.

Café na poesia

“Antes que a tarde amanheça e a noite vire dia põe poesia no café e café na poesia.” —  Paulo Leminski

Roda-Roda

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Nos trancos e barrancos eu me mantenho de pé, peguei as chaves do seu carro, me acompanhe se quiser. Nós somos uma nova legião, bordamos nosso nome em uma bela canção. Não quero mais temer a chuva, não quero morrer com duvidas. Vamos dar as mãos e brincar de roda-roda, você é muito jovem, para se preocupar, depois da meia noite uivamos para lua, dançamos na chuva, depois da meia noite. Na TV eu só ouço ruídos, todos os meus livros estão perdido, todos meus discos riscados, ninguém entende o que eu falo. [...] Eu fico ali no canto esperando alguém, me chamar pra dançar, preciso sair dessa cidade, preciso sair para algum lugar. Música de Bruna Rosa, para ouvir clique aqui. Uma das melhores dela também.

Completos

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Gabriela pegou a coberta e abraçou-o, o sorriso travesso e o olhar entregando os pensamentos. Era maravilhoso para ela poder estar vivendo tudo aquilo, as risadas, as brincadeiras e os apelidos faziam tudo ficar ainda melhor. Deitou ao lado dele, apenas sorrindo, como se apenas existisse ambos no mundo, porque o lá fora já não importava naquele momento. Entre risadas se beijavam, aquela coisa toda de casal que só aparece em filmes. E apesar de tudo, o sono gritava dentro deles. Não demorou para que a inconsciência viesse, e abraçados entraram no mundo dos sonhos. Um corpo aquecendo o outro, onde um terminava o outro começava, e a sensação de completo pairava sobre o cômodo. Tudo parecia estar em seu devido lugar agora, eles estavam aonde deveriam estar, apenas vivendo o momento e transpirando felicidade. Engana-se quem diz que está bem sozinho, o ser humano não foi feito para viver sem sua metade.

Felicidade

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O céu lá fora sorri para mim enquanto os matineiros raios solares me aquecem. O mundo parece tão grande, mas tudo o que preciso está perto de mim. Resolvo então fazer as pazes com a vida e sorrir sem motivo nenhum, existe beleza ainda nesse caos chamado Terra. Existe ainda coisas simples para se ver, mas de beleza tão complexa. Temos sentimentos para sentir que por eles daria minha vida e tenho vida em minhas mãos. Quero pegar um violãozinho, acender uma fogueira e por entre as fumaças rir, porque eu sei que tudo está bem. Eu sei que sorrir com a alma é maravilhoso, e que a felicidade contagie todos.

Atrás de mim

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Tenho um ticket só de ida, na mochila sonhos de ainda ser feliz. Um adeus para os mais velhos, mas tenho ainda muito medo da vontade de ser quem eu quis. Quero abrir as asas para poder voar em fim, então ser livre e viver longe daqui. Uma guitarra eu vou ter, a escola da primeira vez, amigos que não volto a ver, na primavera uma canção, as fotos do primeiro amor, lembranças do ultimo verão, eu vou deixando atrás de mim. Tenho nós pela garganta, tenho um mapa que me leva a um outro país, pouca coisa quase nada, uma história e a vontade de ser quem eu quis, e as lembranças eu vou deixando atrás de mim.

Jovens

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Somos jovens demais para sofrer pelas desilusões do amor, mas velhos demais para não se preocupar com isso. Cada lágrima, dor, amor e sorriso intensificado na juventude. Toda noite um fim de mundo, toda manhã uma alvorada revigorante com a certeza da vida. A liberdade grita em nossos peitos enquanto o desejo de estar com alguém arde em nossos corações. E isso significa ser jovem, o certo namorando o incerto, a intensidade dos momentos e a loucura estampada no sorriso de cada um.

Simples

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Gabriela olhou para o céu, estava lindo. O sol já estava se pondo e as aves cantavam. Estava caminhando sozinha na praia, imersa em seus pensamentos. Não queria estar ali, mas não podia estar aonde queria. Isso não era permitido mais. Não por ela, mas por ele . Ela começou então a lembrar do passado, a nostalgia bateu, ela olhou as ondas batendo nas rochas, sorriu e a lágrima escorreu. Aquele liquido salgado que ela já estava acostumada a sentir. Havia dias que não sabia o que era o calor de um corpo, um ombro amigo, um abraço apertado e palavras reconfortantes. Tinha decidido não contar para ninguém, guardar tudo para si mesma – as pessoas não precisavam ter mais um motivo para julga-la, as pessoas não precisavam saber que no fundo, ela não era tão forte quanto aparentava. Tudo que ela tinha que fazer era sorrir – era o bastante para as pessoas acreditarem que tudo estava bem, mesmo não estando. Mesmo com Gabriela querendo explodir. Mesmo com uma dor que não podia ser curada com ...

Amor

"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós." Clarice Lispector

Sol na primavera

Quando acordei estava no meu quarto. As lembranças do que havia acontecido foram voltando aos poucos. Peter . Dei um pulo da cama e me desequilibrei - não esperava a dor. Fui de encontro ao chão, mas braços quentes e fortes me seguraram. Ele me virou e nossos olhares se encontraram. Como era bom ver aqueles olhos novamente, sentir o calor do corpo dele. Meus olhos se enxeram de lagrimas e abracei-o com toda a força que ainda me restava. Abracei-o como se fosse a ultima coisa que eu iria fazer em minha vida.  - Calma - disse Peter.  - Eu senti tanto a sua falta - eu disse entre soluços. Ele me pegou e me levou para a cama. Ele se sentou e eu encostei no peito dele.  - Eu também, mas a agora estou aqui. Pare de chorar Julie - disse ele enxugando minhas lágrimas.  - Peter eu fui uma burra em fazer aquilo, eu... eu só queria que parassem de te machucar, mas...  - Ta tudo bem agora. Eles me deixaram te ver agora, quer dizer, deixaram você me ver....

Peter.

Estava eu saindo da escola e indo para a casa. Ao virar a esquina me deparo com um grupo de homens um tanto estranhos . Não estava com um bom pressentimento. Na rua não havia ninguém - coloquei a mão sobre minha pulseira e continuei meu caminho.  - E ai gatinha - disse um dos homens se aproximando. Droga pensei.  - O que temos aqui Rich? - disse outro cara em tom sarcástico, conversando com o primeiro. Continuei andando, mas um terceiro homem pegou meu braço e me segurou.  - Para onde pensa que vai?  - Se não me soltar irei gritar - disse  - Grite então - disse Rich rindo. Me preparei para gritar, mas tamparam minha boca. Eu mordi a mão dele e ele me deu um soco. Caí no chão.  - O que vocês querem? - perguntei com medo.  - Tudo o que você tem - disse um dos homens. Um deles veio em minha direção e pegou minha bolsa. Eu queria correr, mas estava cercada - havia 6 homens.  - Felipe, quer ter as honras? - disse Rich para Felipe, se refe...

Trágico

Julie acordou depois de uma tarde chuvosa. Tinha dormido para esquecer as coisas, esquecer seus problemas, seus erros e seus tormentos. Mas como sempre, ao abrir os olhos tudo voltava. Ela sentia falta dele, onde quer que ia, ou olhava via um pedaço dele. Tudo a fazia lembrar dele . Não sabia se o que tinha feito era certo, não sabia se era normal se sentir um caco por dentro, não sabia de nada e nem procurava saber. Parecia um zumbi, definhando cada vez mais com o tempo. Queria ele de volta, anseiava por seus abraços e o gosto da boca dele ainda permanecia em seus lábios. Claro que Julie fizera tudo pensando nele, e se esquecera do que isso iria causar nela. Notou que ele era uma droga para ela. Agora as coisas eram diferentes e ela iria ter de se acostumar. Olhou para o pulso, onde a pulseira brilhava, não percebendo a lágrima cair. Foi até a janela e olhou para além do horizonte. O crepusculo começara agora e o sol não passava de uma forma esférica morrendo no horizonte. Era lindo. ...

Dezembro de 2011

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Esperar. Coração a mil. Movimentos na coxia. A luz se apaga e logo acende. A musica começa a tocar: hora de entrar no palco. Respiração acelerada, coração "saindo pela boca" e o máximo de concentração. Agora não é hora de errar. Deixo a musica me levar, movimentos leves e precisos. Sorriso no rosto. Logo fico mais calma, é tão bom estar ali no palco. A musica vai acabando, a luz se apagando e finalmente: aplausos. Missão cumprida. Na coxia, todos sorriem um para o outro, querendo dançar novamente. E assim foram minhas noites, onze e doze de dezembro, de 2011.

Linda e Brilhante

Eu estava num park. Era lindo, havia tantas arvores, flores... Fiquei admirando-o por algum tempo. Mas, onde, especificamente, eu estava e porque estava ali? E então, ele, surgiu dentre ás arvores, lindo como sempre, com aquele rosto angelical, porém havia algo de errado no rosto dele... um corte?  - Olá Jullie - disse ele  - Olá Peter - disse indo abraçá-lo. - O que aconteceu com você? - Havia um pequeno corte na testa dele, mas parecia ser fundo. Notei que nas mãos também haviam cortes.  - O pessoal lá de cima não gostou nada de eu ter te salvado aquele dia...  - Mas esse é seu trabalho, salvar pessoas, não? - perguntei um pouco confusa  - Como você disse, pessoas. Não apenas uma.  - Mas você é o meu... - comecei a dizer  - Porém tenho que salvar outras pessoas também. Enfim, eles não me castigaram por ter salvado apenas você, mas sim por ter me exposto á aquele homem. Temos ordens claras de não nos mostrar aos humanos, nem a quem pr...

O aniversario.

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Era aniversario de alguem, não me lembro quem, mas era. Eu, minha amiga Lais e o meu pirmo Gustavo começamos a andar em direção há um caminho. Para onde ele nos levariamos, não sabiamos. Mas logo descobrimos, ele nos levava ao aniversario. Aniversario de um antigo colega. Um colega que marcou muito minha vida. E que apenas eu conhecia. Henrique. Demorei para ver ele. Onde diabos ele estava? E então, num passe de magica ele aparece, todo feliz e sorridente. E essa felicidade se tornou surpresa. Eu não deveria estar ali, mas estava. Ele cumprimentou todos, minha amiga e meu primo primeiro, me deixando por ultimo. E quando chegou minha vez, nós se olhamos e sabiamos o que tinhamos que fazer. Nos abraçamos. Um abraço forte. Um abraço de amigos. - Você sumiu - eu disse - Você tambem - disse ele ainda me abraçando. De certo não queria sair daquele abraço. Era tão bom... Mas tinha que sair. - Foi bom te ver, mas agora eu tenho que ir. - disse me soltando daquele abraço e ele sem entender nada...