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Mostrando postagens de julho, 2013

Permita-se

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Sorria, chore e cante. Divirta-se. Saía pelas ruas procurando alguém e use sua melhor roupa. Coloque seu melhor sapato e mostre que tudo está bem. A cada esquina terá um novo desafio, um novo sorriso, um novo alguém. Um novo capitulo de uma história escritas por seus próprios dedos, com nódoas em algumas páginas. Com folhas amarelas, outras branquíssimas e até aquelas com uma mancha de café. Se entregue ao por do sol e pule, com energia e força. Troque olhares, sorrisos, abraços apertados. Que não se apresse, mas que não se perca tempo. E por um momento, Permita-se amar.

Insano

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Ela pediu para que servissem mais um dose de whisky, estava ali a horas parada tentando imaginar o que faria agora. Acendeu um cigarro na noite fria e deixou que a nicotina a invadisse, soluções não caem do céu – pensou ela, e beber também não resolve muita coisa, mas com ela as coisas eram diferentes. Uma carta escrita sempre será melhor a luz da lua com manchas de batom ao canto, do que à luz de uma sala vazia e fria de um hotel com a parte sóbria de seu corpo funcionando. E então lá estava ela escrevendo mais uma carta novamente, estava se considerando já uma escritora de boteco e ela gostava do título. Antes de fechar a conta e sair do pequeno pub abarrotado de móveis antigos pediu a ultima dose, “mais uma moça?” perguntou o garçom intrometido, “a bebida faz a visão se expandir e a insanidade crescer” disse ela depositando o copo vazio no balcão ao lado de umas moedas e um guardanapo dobrado marcado de batom, saindo logo em seguida. Um endereço havia no meio do guardanapo, é c

História

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Um beijo quente e demorado se iniciou, as mãos deles não hesitavam em minha cintura e eu correspondia ao toque. Poderíamos ficar assim para sempre se o mundo lá fora não existisse, entre beijos, risadas, brincadeiras e histórias. Ele me colocou na cama, me embalou com seus braços e sussurrando em meu ouvido começou a contar uma história engraçada. Ah, as tais histórias, sempre contadas por ele que me faziam sorrir e imaginar como seria bom poder ouvi-las todas as noites. Essa era sobre uma garota que gostava de flores amarelas e tinha medo do escuro, que não temia o silêncio e adorava madrugadas chuvosas ao lado de alguém. E sem perceber, ele contava a minha história, da garota de cabelos longos e olhos pretos, que estava com ele numa madrugada chuvosa de inverno.

Diferente

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Sou um tipo raro, dessas que se preocupam em observar noites em lua cheia, procurar planetas e desvendar seus mistérios. Que diz "bom dia" a desconhecidos, que surpreende as pessoas, que distribui elogios. Michelle Ramos 

Perfeição

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Rafael a olhou nos olhos, aqueles olhos tão grandes e pretos que adquiriam um tom diferente a luz, e sorriu. Entrelaçou as mãos em seus cabelos e a puxou para perto. Sentiu primeiro seu perfume, depois o calor de seu corpo e finalmente o toque. Seus lábios macios se moldaram aos delas formando uma sinfonia completa, era como se houvesse música em meio ao silêncio. Sua mão dançava pelo corpo dela e ela não perdia os passos. Um se entrelaçava ao outro sabendo o tempo exato em que agir, sabendo a hora certa de parar. A música perfeita era tocada e os passos antes nunca ensaiados saíam como profissionais, as batidas dos corações revelavam a sintonia entre eles. Finalmente um dueto havia sido montado, onde um terminava o outro começava, e no escuro da noite pode se ouvir uma harpa lá fora em meio à respiração entrecorta aqui dentro, mostrando que tudo estava completo, a perfeição havia sido atingida.

São sete bilhões

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O mundo é um globo gigante. Sete bilhões de vagalumes piscando. Envolto pelo véu escuro que está acima de nós. Não é fácil encontrar alguém que entenda seu sorriso. Alguém que compreenda sua alma. Que traduz seus suspiros. Não contradiz suas vontades. Alguém que não duvide de seu olhar. Que deduz e crê em suas preces. Tem paciência para te ouvir falar. Chega a compreensão exata de suas meias palavras. São sete bilhões de estrelas do mar. Perdidas no mais fundo do oceano. Não é fácil encontrar alguém. Mas é triste parar de procurar. Daniela Silva

Frio

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O frio rugia ao redor deles enquanto tremiam. Ela andou na direção dele com a respiração trêmula, cada expiração uma fumacinha saindo pelo nariz. Ele estendeu os braços desnudos e a envolveu, ambos gelados na noite de lua cheia. Ele a abraçou forte e ela se agarrou a ele como se fosse a ultima coisa a fazer no mundo – e talvez fosse. Formavam um conjunto de braços e calor humano tentando se aquecer, um emaranhado de frio e sentimento. Ela olhou para os olhos castanhos dele e sorriu, uma piada aqui e outra lá, diziam apelidos um para o outro. O calor de um ia esquentando o outro e de longe se via dois formando um só.

Adeus

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Gabriela conversava com ele normalmente como se o adeus não fosse chegar, mas ele sempre chega. Ele olhou nos olhos dela e disse que precisava ir, para um outro continente talvez, e ela apenas assentiu, já sabia disso há algum tempo, mas o aperto no peito era maior agora. Ela sorriu para ele, entregou as malas e dei um ultimo beijo demorado, sabia que provavelmente seria a ultima vez que o veria e sabia o quanto isso doía. Ela o incentivou a ir, mas agora chorava por dentro, ele ia se dar melhor em outro país. E então ela o viu se afastar, dizendo um adeus mudo enquanto enxugava as lágrimas do coração. Ele iria ficar bem, isso bastava.